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terça-feira, 2 de agosto de 2011

The Strokes - Is This It - O disco que "salvou" o Rock!

 

No dia 30 de julho de 2001, o disco Is This It foi lançado na Austrália, o lançamento mundial só viria a acontecer no dia 25 de setembro daquele ano. Dez anos se passaram e muita coisa mudou no cenário musical desde então. Este, que é o primeiro álbum do The Strokes, chegaria ao mercado musical provocando um verdadeiro rebuliço, a banda era apontada pela parte mais entusiasta da crítica como a “salvação do Rock”, uma outra parte no entanto os acusavam de ser uma farsa, um projeto para fazer sucesso, que já tinha de antemão tudo para dar certo. Os integrantes da banda já eram ricos e tinham pais influentes, ou seja, eles não precisariam de ralação para chegar ao topo, o pai do vocalista Julian Casablancas, por exemplo, é o dono da Elite Models, simplesmente a maior agência de modelos do mundo, o pai do guitarrista Albert Hamond Jr já era um músico respeitado e renomado nos EUA.

Os dois lados da crítica no entanto estariam equivocados em seus respectivos apontamentos, na verdade o Rock não estava, nem nunca esteve precisando de salvação (a cena Underground que o diga), e o fato de  serem filhos de figurões do meio pode ter facilitado as coisas, mas eles batalharam bastante antes de alcançarem um merecido sucesso, curiosamente, eles tiveram que conquistar primeiro o mercado inglês para depois ganharem os Estados Unidos. O sucesso do The Strokes impulsionou um Hipe, que pode ser considerado similar ao que aconteceu em Seatle no início dos anos 90, os olhares se voltaram mais uma vez para a cena alternativa, que insurgia como uma fonte abundante de criatividade, que viria na contramão do mais do mesmo apresentado à exaustão pelo circuíto mainstrean.

 

Como sempre acontece, a indústria cultural busca no celeiro, onde foi gerado algo de “novo”, outras novidades para compor o seu casting, os olhares estavam então todos voltados para Nova Iorque (e não era só por causa dos ataques terroristas daquele ano). Outras bandas da cidade, como Yeah Yeah Yeahs, Interpol e The Rapture, ganhariam as páginas de publicações especializadas e as rádios comerciais quase que instantaneamente, deixando enlouquecidos os executivos de grandes gravadores, que tentavam a todo custo achar um “novo Strokes”. A indústria cultural se apressou ao reciclar o rótulo “Indie Rock”, para classificar os principais nomes desta efervescência musical, que já tomava proporções mundiais, o fato é que não só NY tinha excelentes bandas, ainda sem visibilidade. Era a vez das bandas de garagem virem à tona, de novo. The Hives (de Estocolmo, Suécia), The White Stripes (de Detroit, EUA), The Vines (de Sidney, Austrália) e The Libertines (de Londres, Inglaterra) foram alguns dos associados pela mídia à esta nova onda, mesmo que alguns deles fossem bem antecessores à esta badalação.

Voltamos então a falar de Is This It, o disco não trás musicalmente nenhuma novidade, mas suas referências sonoras são as melhores. O álbum representa a volta ao básico, às bandas compostas apenas por vocal, baixo, guitarra e bateria, sem muitos efeitos de estúdio e sem muitas frescuragens. O estilo remonta à new wave e ao rock de garagem setentista, lembrando bandas como Television, Velvet Underground, The Jam e Buzzcocks. A simplicidade a la Ramones também está presente em todo o disco, as músicas são simples, com letras ás vezes banais e melodias chicletes, que em conjunto proporcionam um agradável clima retrô. Is This It começa com a faixa título, que tem uma introdução lenta e arrastada. "The Modern Age", a segunda canção, já vem com um pegada mais rápida e contagiante, que é mantida em "Soma", a terceira. "Barely Legal", que vem na sequência, foi a primeira música que escutei da banda, ainda na ocasião do lançamento do disco no Brasil, no programa Alto-Falante exibido pela TV Cultura.

 

O disco continua com "Someday", "Alone, Together", "Last Nite" (que já pode ser considerada um clássico do Indie Rock), "Hard to Explain" (que foi o primeiro hit da banda e a primeira do disco a ser lançada em Single), "New York City Cops" (que foi retirada da edição americana do disco, por sua letra ter sido associada aos ataques de 11 de setembro), "Trying Your Luck" (uma das minhas preferidas do disco), até chegar a última "Take It or Leave It", que encerra o disco de forma bem diferente da que começou, nela Casablancas berra o refrão “and take it or leave it” até quase perder a voz, fechando com chave de ouro aquele que talvez seja o disco mais importante da última década. Is this It é um disco que beira à perfeição em cada uma de suas 11 faixas. Como raramente acontece comigo, o disco parece melhor a cada vez que o escuto. Se o The Strokes não foi de fato a “Salvação do rock”, ao menos eles abriram as portas para o que de melhor seria produzido nos anos seguintes. "I try but you see, it's hard to explain"! 

Visitem o canal do The Strokes no You Tube, clique AQUI !


3 comentários:

  1. A banda mais superestimada da história.

    Pior é que tem nego que lê uma rolling stones da vida e sai repetindo que nem papagaio

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    1. Bom é o Luan Santana né Zé ruela? E é Rolling Stone burro.

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